7/10/2005

... A fome dos outros!!!

É lamentável, que nenhum dos Srs. artistas participantes no “ Live8 “ tenha estado presente nas manifestações da Escócia.
Os Srs. artistas conseguiram de facto captar, (através da globalização das imagens televisivas), a atenção do mundo. Agora, até que ponto isso serviu para que a fome fique mais perto de ser passado, eu não sei. Mas sei que serviu, e de que maneira, como motor de auto promoção e que quase todos aumentaram substancialmente a sua facturação.
Ora Srs. artistas, perante tais factos, o mínimo que se vos poderia exigir, é que os Srs. marcassem presença de uma forma massiva à porta da reunião do G8, exigindo a abertura dos mercados, que é a única medida eficaz, que se pode tomar no sentido de tentar acabar com a fome no mundo. (Só para que saibam, um saco de adubo é mais barato num País Europeu, com o nível de vida que a Europa tem, de que num País Africano, tendo Africa o nível de subnutrição que tem).
Pois é caros Srs. artistas, os Srs. têm o direito de ter o vosso frigorifico cheio. O que não têm é o direito é de o terem mais cheio à custa, de como bandeira, usarem a fome dos outros!!! Srs. artistas, em situações como esta,
há que dar a cara mesmo quando o retorno é em favor de outros! Não acham?!

... Tenham vergonha meus Srs.

Aos Srs. do G8, gostava de lhes poder dizer, para se deixarem de tretas e para passarem à acção de verdade.
Todos nós sabemos que a produção mundial, é suficiente para alimentar as necessidades de toda a humanidade, varias vezes. O que se passa é que aos Srs. do G8 é mais conveniente destruírem o que produzem de que acabar efectivamente com a fome no mundo, uma vez que havendo fome também há maiores possibilidades de se enriquecer, precisamente à custa dos esfomeados.
Srs. do G8 tenham vergonha. È que fica-vos muito mal virem armados em caridosos perdoar as dívidas aos pobres, assim como vos fica mal virem armados em bondosos querendo dar esmolas aos pobres, quando os pobres só são pobres por tudo aquilo que vocês lhes têm sugado!
Srs. do G8, está na hora de terem um pouco de pudor e assumirem, que na verdade só tem necessidade de ser rico quem pretende ter poder. Pois se todos vivêssemos bem seria muito mais difícil haver ricos, e logo os que hoje são ricos perderiam grande parte do seu poder. E é isto que os Srs. não querem que acabe!... O vosso poder. O que os Srs. não querem é deixar de dominar. E assim poderem continuar a intervir, (intervir é palavra vossa, porque o que os Srs. fazem é roubar), onde muito bem entenderem.
Srs. do G8, muito provavelmente os Srs. são o pior mal para o mundo!... Por isso tenham vergonha meus Srs.

Abaixo o terrorismo e a globalização!!!

Quero aqui expressar as minhas condolências aos familiares das vítimas mortais dos atentados em Londres, assim como expressar toda a minha solidariedade com os sobreviventes e com todos os londrinos em geral.
É atroz ver inocentes a serem vítimas de actos bárbaros.
É doloroso termos consciência de que a humanidade tem que aprender a viver com este tipo de situações.
É vil sabermos que o terrorismo é uma realidade que pode estar presente em qualquer ponto do globo.
É triste sabermos que tudo isto se deve ao facto de o desenvolvimento não ser global por ser só para alguns, mas à custa do suor globalizado.
É lamentável que mais uma vez sejam os cidadãos comuns as vitimas, muitas vezes também eles membros explorados desta sociedade, e que nunca sejam aqueles que exploram, e que na realidade tiram partido das situações, a pagar.
É terrível eu hoje não poder dizer apenas, “abaixo o terrorismo!!!”, por ter de dizer também; “abaixo a globalização”, uma vez que uma coisa cada vez mais está ligada à outra.

7/01/2005

Tendo como pano de fundo o caso da Lear

Eu compreendo que para um governo, de um País como Portugal, o surgimento de uma proposta de criação de 1000 postos de trabalho, oriunda de uma qualquer multinacional, é motivo para se ficarem a babar de tesão, (ainda por cima tendo em conta a taxa de desemprego). Eu compreendo que a referida baba, deixe pouca margem de manobra ao referido governo e que este não consiga mais de que, garantir que a hipotética multinacional se mantenha em laboração durante meia dúzia de anos, sem mais nenhum tipo de garantias.
Eu compreendo que as multinacionais tenham dificuldade de resistir à tentação de mamarem perante tais facilidades.
O que eu não compreendo, é que a União Europeia, (tão célere em penalizar os países que a compõem), não tenha a atitude de sancionar as referidas multinacionais, tendo em conta que parte do dinheiro, (e que não é pouco), que vêm cá mamar, advém dos fundos estruturais cedidos pela EU, com a finalidade de ajudar a desenvolver este País.
O que eu não compreendo é, porque motivo o nosso governo não exige da EU uma tomada de força, de forma a proteger o povo Português, povo integrante da referida União (pelo menos no que toca a contribuir, mas pelos vistos não no que toca a proteger). Ainda por cima, dando-se o caso de em seguida estas multinacionais se deslocarem para Países integrantes da mesma União, ou como em muitas das vezes, tratando-se de multinacionais com sede num outro País da EU e que se deslocam para um País fora da mesma!
Isto é o que eu não compreendo!

Breve comentário ás medidas governamentais:

O Governo anunciou que estas medidas de excepção para combater
o défice, (corte nas benesses de alguns Srs.), seriam para todos de forma
igual!... Eu digo… para todos de forma igual, desde que não nos sejam
iguais.

Por favor Sr. Ministro… tenha piedade!

Há uns dias a traz comemorou-se o dia das Forças Armadas.
O Eximo Sr. Ministro da Defesa no seu discurso de ocasião disse algo muito parecido com o que eu passo a citar: “Devemos fundir os serviços de saúde e institutos de todos os ramos das Forças Armadas, de forma a fazermos alguma contenção no défice, caso contrario estará em causa a nossa independência!”. Ora bem Sr. Ministro, se o Sr. queria dizer que se gastássemos muito dinheiro, estaríamos sujeitos a passar a pertencer, (na forma de mais uma região), a outro País!?... Então eu digo-lhe com todas as minhas forças “GASTE”, porque mais mal que os nossos políticos não nos devem fazer! Se o que o Sr. queria dizer é que perderíamos a nossa independência, no sentido de não sermos Srs. de vontade própria, oh Sr. Ministro por favor… Há tanto tempo que perdemos essa independência. Se não vejamos:
- Os nossos pescadores não têm como defender as nossas pescas.
- Os nossos agricultores não têm como defender a nossa agricultura.
- A nossa indústria não tem como se defender.
E por ai fora. Até já nem temos o escudo para desvalorizar de forma a podermos aumentar as exportações e diminuir as importações.
E vem-me agora o Sr. Ministro falar de independência!?...
Por favor Sr. Ministro… tenha piedade!