7/01/2005

Tendo como pano de fundo o caso da Lear

Eu compreendo que para um governo, de um País como Portugal, o surgimento de uma proposta de criação de 1000 postos de trabalho, oriunda de uma qualquer multinacional, é motivo para se ficarem a babar de tesão, (ainda por cima tendo em conta a taxa de desemprego). Eu compreendo que a referida baba, deixe pouca margem de manobra ao referido governo e que este não consiga mais de que, garantir que a hipotética multinacional se mantenha em laboração durante meia dúzia de anos, sem mais nenhum tipo de garantias.
Eu compreendo que as multinacionais tenham dificuldade de resistir à tentação de mamarem perante tais facilidades.
O que eu não compreendo, é que a União Europeia, (tão célere em penalizar os países que a compõem), não tenha a atitude de sancionar as referidas multinacionais, tendo em conta que parte do dinheiro, (e que não é pouco), que vêm cá mamar, advém dos fundos estruturais cedidos pela EU, com a finalidade de ajudar a desenvolver este País.
O que eu não compreendo é, porque motivo o nosso governo não exige da EU uma tomada de força, de forma a proteger o povo Português, povo integrante da referida União (pelo menos no que toca a contribuir, mas pelos vistos não no que toca a proteger). Ainda por cima, dando-se o caso de em seguida estas multinacionais se deslocarem para Países integrantes da mesma União, ou como em muitas das vezes, tratando-se de multinacionais com sede num outro País da EU e que se deslocam para um País fora da mesma!
Isto é o que eu não compreendo!