Desconstrução poética para uma menina.
Menina igual a tantas outras,
Que de sonhos fazes o teu olhar.
Menina igual a tantas outras,
Que constrói o seu futuro a sonhar.
Acorda menina, que a tua realidade
Não é igual à das outras.
E foge das bombas fatalidade,
Que a traz destas virão outras,
Sempre com a intenção de te levar.
Menina a quem roubaram o sorriso
E o direito de em paz crescer,
Olha que os homens grandes não têm juízo
E tudo farão para obter o poder.
Para eles tudo vale menina,
Tudo lhes serve para atingirem os seus anseios.
Seja uma bala, uma bomba ou uma mina,
Desde que no fim se quedem com os bolsos cheios.
Indiferentes menina ao teu viver ou morrer.
Menina que foges da morte com lágrimas nos olhos e o coração a sangrar,
Olhas para traz e, caída no chão, entre o pó e os estilhaços, a tua boneca
Que de olhar suplicante te pede, “por favor menina não me deixes aqui, vem me salvar”.
E tu, menina pequenina mas de Amor grande de se ver,
Voltas para traz ignorando o perigo que domina e salvas a tua boneca,
Sem medo do morrer, porque tu sabes menina, que a viver sem sonhos mais vale a pena não viver!
Eu amo-te menina!
10 Mordidelas:
O rosto arde dentro do peito, podemos tão pouco senão as palavras, e sucedem-se os rostos enfileirados num monumento que só existe na memória de alguns.
Menina Bandeira de outras meninas!
Menina Poema a gritar!
Menina quem sabe já anjo a velar por tantos outros meninos e meninas que um animal chamado guerra teima em desprezar...
Desta vez, para além de eu não conhecer, não há referência ao autor. Está bom. Será teu?
Que o Amor da menina pela boneca não se perca no sonho que os bonecos tem pelo poder
Abraços
Belas as tuas palavras Pantera.
Mac Adriano não já não é meu. Foi meu até ao momento em que o partilhei aqui.
A partir desse momento passou a ser de todos os que o lerem e eu passei a ser apenas o seu autor.
Lua é sempre um prazer conhecer espaços que nos acrescentam algo, por isso não tens de me agradecer nada. Quanto ao teu comentário é verdade que a verdade por vezes é violenta.
Pois… tens razão Carlos estroia por vezes é difícil mantermo-nos marginais à sociedade, porque o seu poder corruptivo é demasiado forte.
Sejam todos muito bem vindos e faço votos para que voltem sempre.
Hoje resolvi eu, dar uma «espreitadela» ao teu «Lince».
Quero agradecer as tuas palavras num texto meu, sobre os prémios Stella Awards, embora não tenha sido no meu «cantinho pessoal», gostei da tua participação.
Mas, convido-te para visitares o meu kalinka. Ficarei Feliz com a tua presença lá.
Bom fim de semana.
bonito.
Kalinka eu já passei pelo teu espaço, só ainda não tive oportunidade de comentar mas em breve podes contar com isso. Espero que tenha valido a pena vires até aqui. Espero que voltes.
A Pedro Ribeiro não é minha intenção escrever coisas apenas bonitas. Tenho por objectivo muito mais escrever coisas que possam provocar a reflexão de que encantar. Espero poder contar mais vezes com os teus comentários e com a tua presença, para que possamos continuar a trocar opiniões que de preferência ultrapassem a estética.
Polux companheiro, ficar calado perante alguns factos é contribuir para que esses Srs. do poder continuem a sanguessugar todos os pobres e desprotegidos do mundo. No entanto é claro que só se juntarmos todas as vozes daqueles que estão mais atentos é que esses Srs. serão obrigados a nos ouvir. Cada um por si seremos todos muito fracos. Um grande abraço para todos e bem hajam.
A beleza pode ser horrível, que importa a poesia face a horrores tão grandes. É apenas um meio de chamar atenção, de gritar. As tuas e as minhas palavras até poderiam ser belas se não fossem presas a essa menina.
Olá Bitta. Sê bem vinda. Obrigado pelo teu comentário. Mas se este espaço tem de alguma forma a capacidade de arrepiar, muito provavelmente isso não tem como motivo nenhum dos aspectos que tu apresentaste mas muito provavelmente o que arrepia é o nosso reconhecimento da verdade destas palavras e imagens. Mais uma vez obrigado e volta sempre.
Gostei muito.
Comoveu-me mesmo, como tudo o que toca de mau numa criança e me faz sentir impotente para acudir.
São vicissitudes da paternidade!
Parabéns
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